terça-feira, 23 de março de 2010

Games sociais são foco de encontro nos EUA


Games sociais são foco de encontro nos EUA
THÉO AZEVEDO
enviado especial da Folha de S.Paulo a San Francisco

Mesmo modestos e, por vezes, simplórios, eles são a bola da vez: os games para redes sociais, como FarmVille, que já conquistou cerca de 80 milhões de adeptos no Facebook, deram o tom na Game Developers Conference 2010. O evento ocorreu semana passada nos Estados Unidos e reuniu milhares de produtores.

Pela GDC, passaram célebres game designers, como Peter Molyneux, de Fable, e Sid Meier, criador de Civilization. Porém, tão concorridas quanto as palestras deles foi a de Amitt Mahajan, produtor da Zynga, na qual nasceu o já citado FarmVille, além de Mafia Wars. Com um argumento simples, ele explicou o enorme sucesso dos jogos: "É muito mais divertido jogar com amigos do que com gente desconhecida".

Reprodução

Games para redes sociais, como FarmVille (foto), com cerca de 80 milhões de adeptos, deram o tom na Game Developers Conference

Prestando atenção à tendência, o evento organizou uma série de palestras relacionadas aos games sociais, nas quais pipocaram números e dicas para aqueles que desejam garantir uma fatia do bolo. E que bolo: segundo o InsideVirtualGoods.com, o setor vai gerar US$ 835 milhões em 2010.

"Colocar games em diversas plataformas não costuma funcionar. É complexo demais. Costuma ser mais eficaz dedicar-se a uma só", explica Justin Smith, do site Inside Social Games. Para ele, aliás, o gosto brasileiro por ferramentas sociais na internet coloca o país em posição importante: "O Brasil está entrando no cenário".

Zynga, PlayFish (comprada pela Electronic Arts em 2009) e Playdom, líder no MySpace, são as principais produtoras de games sociais, mas as grandes já estão de olho neste mercado: a Firaxis Games, por exemplo, está produzindo uma versão de Civilization para o Facebook, enquanto a Ubisoft prepara suas investidas na rede.

A perspectiva de tamanha concorrência, no entanto, não foi suficiente para intimidar os produtores que estiveram no evento, já que a credencial para participar da GDC pode custar até US$ 2.000, sem falar nas despesas de viagem.

Durante a conferência, muitas empresas aproveitaram para organizar eventos paralelos e mostrar lançamentos. A EA Sports, por exemplo, ofereceu aos jornalistas a oportunidade jogar 2010 Fifa World Cup South Africa, o jogo oficial da Copa do Mundo.

A Folha testou o jogo, que é tão divertido quanto Fifa 10, colocando mais emoção nas partidas com closes da torcida e suas reações. Em uma partida entre Brasil e Argentina, por exemplo, os técnicos Dunga e Maradona também apareciam entre um lance e outro, gritando instruções para as equipes. O jogo será lançado em 27 de abril, com as escalações oficiais de cada seleção para a Copa.

Já Lara Croft and the Guardian of Light é o novo game da heroína, que deixa para trás --ao menos por algum tempo-- as aventuras da série Tomb Raider.

Desta vez, Lara, ao lado de Totec --uma espécie de divindade--, precisa dar cabo de centenas de inimigos, em uma fórmula que mistura cooperação e competição entre dois jogadores.

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