sábado, 12 de dezembro de 2009

Siemens e Nokia reafirmam apoio a joint-venture em dificuldade

Siemens e Nokia reafirmam apoio a joint-venture em dificuldade
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009 17:13

FRANKFURT/HELSINQUE (Reuters) - Executivos da Siemens e da Nokia enviaram uma rara carta conjunta aos clientes de sua joint-venture de equipamentos de telecomunicações Nokia Siemens Networks (NSN) que passa por dificuldades, reafirmando seu apoio à empresa e garantindo seu futuro.
"Continuamos apoiando investimentos no futuro da empresa, tanto em termos de gastos quanto de possíveis aquisições e parcerias", disseram o vice-presidente financeiro da Siemens, Joe Kaeser, e o presidente-executivo da Nokia, Olli-Pekka Kallasvuo, na carta de 9 de dezembro.
A carta, endereçada aos clientes da NSN, sinaliza confiança na empresa, especialmente no momento em que a Siemens indicava uma vontade de se desfazer de alguns de seus ativos menos importantes, afirmou um analista que pediu para não se identificado.
Um porta-voz da Nokia Siemens confirmou a existência da carta. A Siemens não quis comentar o assunto e não foi possível localizar representantes da Nokia.
A concorrência por novos negócios no mercado de equipamentos de telecomunicações é enorme, especialmente com empresas asiáticas como a chinesa Huawei.
No terceiro trimestre, a Nokia registrou um encargo de 908 milhões de euros (1,34 bilhão de dólares) com a NSN.
Kaeser se reuniu com analistas no mesmo dia em que a Siemens divulgou seu resultado do quarto trimestre fiscal, em que reduziu em 1,6 bilhão de euro o valor de sua participação na NSN.
O executivo da Siemens admitiu que há desapontamento com a joint-venture --uma vez que ela foi formada em 2007, e que, além disso, as duas parceiras juntas fizeram um empréstimo de 1,5 bilhão de euros à NSN.
"Eu não descartaria... a possibilidade de convertermos pelo menos parte da dívida (da NSN) em ações", disse Kaeser à época.
"Mas seria extremamente difícil me convencer de que seria melhor colocar mais dinheiro dos acionistas (na NSN) do que buscar outras alternativas", acrescentou Kaeser.
(Por Marilyn Gerlach e Tarmo Virki)

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