terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Jogadores jogam "Call of Duty: Modern Warfare 2", em lançamento do game em Nova York.



Jogadores jogam "Call of Duty: Modern Warfare 2", em lançamento do game em Nova York.


Produtoras de videogames são alvo de aquisição por Hollywood?
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009


Por Rolfe Winkler e Rob Cox
NOVA YORK (Reuters) - Será que as produtoras de videogame serão alvo de aquisições por parte de Hollywood? Com seus modelos de negócios sob ameaça e ações em crise, produtoras como a Electronic Arts parecem alvos maduros para aquisição por conglomerados de mídia como Walt Disney.
Mas por mais que os acionistas possam esperar uma solução rápida, não seria muito inteligente apostar em ganhos rápidos provenientes de uma aquisição.
O argumento em favor da aquisição de produtoras de videogames por companhias de entretenimento é convincente. Distribuir videogames é como produzir filmes: investir milhões no desenvolvimento de títulos e rezar por grandes sucessos. Como em Hollywood, o truque no mercado de videogames é estabelecer séries de sucesso e explorá-las regularmente em busca de lucros. Os estúdios de cinema procuram o próximo "Harry Potter", enquanto as produtoras de jogos procuram o próximo "Call of Duty".
A irregularidade nos retornos financeiros do cinema terminou por fazer todos os estúdios parte de gigantes da mídia como a News Corp., Time Warner, Viacom e Sony. Essas empresas de maior porte podem obter sinergias de conteúdo e de custos empresariais que compensam a instabilidade no desempenho do negócio do cinema.
Com alguns dos maiores grupos de videogames agora enfrentando dificuldades, o mercado parece favorecer os grupos de mídia aquisitivos, que têm a esperança de melhorar suas credenciais no setor de videogames.
As ações da EA e da Take-Two Interactive Software estão 70 por cento abaixo de picos históricos, enquanto a THQ mostra queda de 90 por cento. O valor combinado de todas essas empresas é de cerca de 4 bilhões de dólares no momento.
Mas não há pressa. O ano que vem não parece propício às produtoras de videogames, e por isso sua avaliação pode cair ainda mais. A EA lançará 30 títulos, ante os 50 deste ano. A Take-Two, criadora da série Grand Theft Auto, deve reportar o quarto ano de prejuízos, entre os últimos cinco. A THQ não tem perspectiva de títulos de sucesso em curto e médio prazo, aponta o Wells Fargo, e deve enfrentar mais um ano difícil.
A indústria de jogos está lutando para se adaptar em um mercado em transformação em que jogos vendidos em caixas estão perdendo terreno para os vendidos e jogados online. Essa tendência motivou a compra pela EA da produtora de jogos para redes sociais Playfish por 300 milhões de dólares no mês passado.
Pode ser tranquilizador para acionistas suas empresas terem um grande "pai" rico apoiando as produtoras nessa fase de transição. Mas os grandes conglomerados de mídia podem esperar. De fato, basta olhar para a bala que a EA conseguiu se esquivar quando desistiu de comprar a Take-Two em 2008 por 25,74 dólares a ação. Esse valor representa atualmente três vezes mais que o preço de fechamento do papel na sexta-feira passada.
(Os autores são colunistas da Reuters. As opiniões aqui expressas são de responsabilidade deles)


Nenhum comentário:

Postar um comentário