quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Google oferece limitar acesso gratuito a notícias



Presidente da News Corp, Rupert Murdoch, participa de entrevista em Mumbai. A News Corp estaria supostamente estudando a possibilidade de remover suas notícias dos resultados de busca do Google e conversando em lugar disso com a rival Microsoft, para listá-los no serviço de buscas Bing.


Google oferece limitar acesso gratuito a notícias
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009


LONDRES (Reuters) - O Google está oferecendo aos grupos noticiosos uma maneira de atrair clientes pagantes sem que precisem remover seu conteúdo dos resultados de busca do Google News, depois que algumas empresas de mídia o acusaram de lucrar com suas notícias online.
O gigante das buscas na Internet anunciou que adaptará o programa First Click Free de maneira a levar os usuários a se inscreverem ou assinarem o site de um provedor de notícias depois de lerem cinco artigos daquele grupo noticioso gratuitamente em um mesmo dia.
Anteriormente, o primeiro clique de um usuário em qualquer artigo era gratuito para número ilimitado de artigos, desde que o usuário não clicasse em links adicionais de qualquer artigo.
O Google anunciou que a alteração permitirá que os grupos noticiosos concentrassem suas atenções em potenciais assinantes, que têm acesso regular a bom volume de seu conteúdo.
Josh Cohen, gerente sênior de produtos empresariais do Google, disse que "já que os jornais estão considerando cobrar pelo acesso ao seu conteúdo online, alguns grupos noticiosos perguntaram se deveriam estabelecer sistemas de cobrança ou manter seus artigos no Google News e no sistema de buscas do Google".
"Na verdade, podem fazer as duas coisas, elas não são mutuamente excludentes", escreveu Cohen no blog oficial do Google News (googlenewsblog.blogspot.com).
A News Corp estaria supostamente estudando a possibilidade de remover suas notícias dos resultados de busca do Google e conversando em lugar disso com a rival Microsoft, para listá-los no serviço de buscas Bing.
A News Corp já limita aos assinantes o acesso online ao site do Wall Street Journal e pretende fazer o mesmo com os sites do Times e do Sunday Times, no Reino Unido.
Muitos outros grupos noticiosos estão estudando a possibilidade de criar sistemas de acesso pago ao conteúdo, já que a queda de faturamento causada pela recessão e as mudanças estruturais na publicidade tornam impossível bancar o custo das operações noticiosas com base apenas na receita publicitária.
O relacionamento entre o Google e grupos noticiosos que adotam acesso pago se complica porque os robôs do serviço de busca precisam de acesso ao conteúdo pago para indexá-lo e permitir que seja localizado em buscas.

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