quinta-feira, 6 de maio de 2010

Conselho da Nokia apoia estratégia, mas acionistas protestam

Por Tarmo Virki
HELSINKI (Reuters) - O presidente do conselho da Nokia anunciou que o conselho da empresa apoiou plenamente a atual estratégia da diretoria executiva, enquanto os pequenos acionistas da maior fabricante mundial de celulares a criticavam na assembléia anual.

A Nokia iniciou a criação de um novo negócio ao oferecer serviços de Internet que variam de downloads de música a e-mail, mas eles não conquistaram muito espaço até agora.

"Apoiamos os executivos quanto a isso," disse Jorma Ollila aos acionistas, na quinta-feira.

O presidente-executivo Olli-Pekka Kalasvuo, que trabalhou para a empresa por mais de metade de sua vida, vem sofrendo crescentes críticas dos acionistas e analistas, porque os preços das ações não se beneficiaram da recuperação do mercado.

"Os números são chocantes; a queda nas vendas, o colapso do lucro operacional. Eu não diria que o lucro operacional é catastrófico, mas a direção em que ele se encaminha é," declarou o acionista Pekka Jaakola durante a assembleia.

As receitas da Nokia caíram em 19 por cento no ano passado, enquanto seu lucro operacional caiu em 76 por cento. O valor da marca da companhia caiu em 58 por cento no ano passado, de acordo com um estudo mundial da Millward Brown.

A companhia será das poucas a não atingir sua meta de crescimento em 2010, o ano da recuperação econômica, e problemas de software continuam a prejudicar seus celulares inteligentes, os smartphones.

"Em poucos anos, o valor de nossas ações caiu em 60 por cento, e o limiar da dor foi atingido," disse o acionista Kari Vainio.

No mês passado, a Nokia adiou o lançamento de celulares equipados com o Symbian 3, a reformulação de sua plataforma de software foi vista como primeiro passo para tornar os celulares inteligentes da empresa competitivos uma vez mais, o que causou uma onda de venda de ações.
Kallasvuo disse que a Nokia esperava que sua nova geração de aparelhos reduzisse significativamente a distância que a separa dos smartphones avançados de seus competidores.

A Nokia não conseguiu desafiar seriamente o iPhone, da Apple, nos três anos desde que foi lançado. O último modelo de celular inteligente bem sucedido da empresa foi o N95, lançado em 2006, o ano em que Kallasvuo, por muito tempo advogado da empresa, assumiu o comando do grupo finlandês.

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