quinta-feira, 6 de maio de 2010

Reguladora dos EUA promete mexer pouco em regras de banda larga

Por John Poirier e Yinka Adegoke
WASHINGTON/NOVA YORK (Reuters) - Reguladores de comunicações dos Estados Unidos buscaram acalmar temores da indústria de telecomunicações de que aumentariam o controle sobre serviços de Internet, mas as ações de grandes operadoras caíram nesta quinta-feira e analistas preveem uma longa batalha na Justiça.

A Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) divulgou nota afirmando que irá continuar regulando apenas levemente o setor após uma decisão judicial questionar sua autoridade sobre a banda larga no mês passado.

A comissão afirmou que planeja regulamentar o acesso à banda larga como um serviço de telecomunicações --ao invés de um serviço de informação-- mas disse que a indústria deve confiar que a reguladora não irá aplicar um controle severo de preço e concorrência.

"Nós nunca voltamos atrás com contenções", disse o advogado da FCC, Austin Schlick, a jornalistas. "Nós temos um bom histórico".

Mesmo assim, as ações da maior operadora de TV a cabo do país, Comcast, caíram 6,2 por cento na sessão. Já a segunda colocada, Time Warner, recuou 8 por cento, e os papéis da Cablevision tiveram queda de 7 por cento.

Investidores temem que as provedoras de Internet terão restrições sobre como administrar suas redes, o que pode limitar seus lucros.

Mas provedoras de conteúdo, por sua vez, ganham com a promessa da comissão de que suas regras irão encorajar uma Internet aberta e livre para difundir seu conteúdo e serviços.

As ações da gigante de buscas Google, do site de leilões eBay e do site de filmes Netflix tiveram um desempenho bem acima da média das bolsas, que sofriam com preocupações sobre a Grécia.

A ampliação do acesso à Internet para toda a população norte-americana é prioridade para o governo Obama e para o presidente da FCC, Julius Genachowski, um democrata.

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