quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Facebook pode "solidificar" domínio na Internet

Facebook pode "solidificar" domínio na Internet
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Por Dan Whitcomb
LOS ANGELES (Reuters) - A universitária Alyssa Ravasio desistiu do MySpace no dia em que abriu uma conta no Facebook, e nunca se arrependeu. Ela já perdeu o interesse pelo Twitter. Mas de que maneira o Facebook pode garantir que sua lealdade seja preservada?
A breve história da Internet está repleta de cadáveres de sites que as pessoas abandonaram, em sua busca incansável de algo mais novo, mais rápido, melhor e mais bacana.
Ravasio, 21, aluna da UCLA e conhecedora de tecnologia, está estudando o impacto da Internet sobre a sociedade e a comunicação, como tema de sua graduação, e não gosta das mudanças promovidas pelo Facebook.
Mas o Facebook continuará a contar com sua lealdade, por enquanto, devido a um conceito conhecido como "solidificação tecnológica". Em outras palavras, o site se tornou parte essencial de sua vida.
"Creio que o Facebook seja a mais valiosa mercadoria de Internet que existe, mais que o Google, porque eles estão se posicionando para servir como identidade online dos usuários, por meio da conexão entre estes e o site", disse Ravasio.
"No Facebook você está presente com seu nome real, seus amigos reais, e, presumindo que eles consigam encontrar maneiras de contornar as questões de privacidade, o site pode se tornar uma espécie de portão de login universal", disse ela. "Eu chego quase a argumentar que o Facebook é o novo celular. É o novo recurso de que você precisa para manter contato, e quase um requisito na vida social moderna."
A solidificação tecnológica é a ideia de que, quanto mais uma sociedade adota uma determinada tecnologia, menos provável se torna que os usuários mudem. Esse é o motivo para que o padrão QWERTY de teclado, desenvolvido para máquinas de escrever nos anos 1870, continue a ser o padrão, a despeito do desenvolvimento de diversas configurações mais lógicas.
E o Facebook, com mais de 100 milhões de usuários nos Estados Unidos e 350 milhões no restante do mundo, parece ter quase conseguido essa solidificação tecnológica, de acordo com a companhia de pesquisa de audiência online Comscore.com.

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