sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

China minimiza disputa com Google, antes de discurso de Hillary

China minimiza disputa com Google, antes de discurso de Hillary
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Por Ralph Jennings
PEQUIM, 21 de janeiro (Reuters) - A disputa entre o Google e a China não deveria ter "interpretação exagerada" ou ser vista como influência sobre os elos entre a China e os Estados Unidos, disse o vice-ministro do Exterior do país asiático na quinta-feira, antes de um discurso planejado pela secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, sobre liberdade na Internet.
O discurso de Hillary, que deve ser proferido em Washington na quinta-feira, pode ser visto em Pequim como um desafio, uma semana depois que o gigante das buscas Google anunciou ter sido alvo de um sofisticado ataque de ciberespionagem na China.
"O incidente no Google não deve ser vinculado às relações bilaterais, ou estar sendo interpretado de forma exagerada", afirmou o vice-ministro He Yafei, de acordo com a agência de notícias oficial Xinhua.
"Nesse ano de governo do (presidente Barack) Obama, o desenvolvimento das relações entre China e EUA foi basicamente estável", disse He, de acordo com o site do jornal China Daily (www.chinadaily.com.cn).
Ele pareceu tentar minimizar as potenciais consequências da disputa com o Google, que pode agravar as tensões com Washington quanto ao comércio, política cambial, direitos humanos e mudança climática.
"O governo chinês encoraja o desenvolvimento da Internet na China, mas as leis chinesas precisam ser respeitadas", disse He em comentário a jornalistas chineses que o site do China Daily publicou.
"Se o Google ou outras empresas estrangeiras tiverem qualquer problema na China, este deverá ser resolvido de acordo com as leis chinesas, e o governo chinês está disposto a ajudar na solução de seus problemas."
O Google disse que pode fechar seu site em chinês, o Google.cn, e seus escritórios na China, depois de um ataque computadorizado que se originou na China e também atingiu outras empresas.
A companhia afirmou também que discutirá com o governo chinês formas de oferecer um serviço de buscas sem censura, ou sairia do país. As buscas sobre assuntos politicamente sensíveis no Google.cn continuam em larga medida censuradas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário