quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

China diz que não restringirá tecnologia móvel do Google

China diz que não restringirá tecnologia móvel do Google
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Por Michael Wei e Doug Palmer
PEQUIM/WASHINGTON (Reuters) - A China tentou rebater as preocupações quanto a restrições na tecnologia de telefonia móvel do Google nesta quarta-feira, enquanto grupos empresariais norte-americanos pressionam Washington a enfrentar medidas "alarmantes" contra as companhias estrangeiras de tecnologia que operam na China.
A ameaça de deixar a China que o Google fez este mês, devido a ataques de hackers e críticas norte-americanas à censura chinesa sobre a Internet, causou irritação entre os dois gigantes econômicos, que já vinham se desentendendo devido a questões de câmbio, comércio e vendas de armas dos Estados Unidos a Taiwan.
Empregando vocabulário destinado a acalmar os investidores, um funcionário do governo chinês disse que Pequim não interferirá com a plataforma de telefonia móvel Google Android no mercado de seu país.
O porta-voz do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, Zhu Hongren, respondeu a uma pergunta sobre se o uso do Android na China poderia ser afetado pelas reclamações do Google contra a China.
"Acredito que não deveria haver qualquer limite sobre o uso do sistema, desde que a empresa cumpra a regulamentação chinesa, conduza negociações e cooperação sólida com as operadoras de telefonia móvel e obedeça às regras e requerimentos relevantes", disse Zhu em entrevista coletiva.
"O mercado de telecomunicações da China é um mercado aberto", disse ele.
O ministério fiscaliza o setor chinês de telefonia móvel.
As declarações de Zhu pareciam sublinhar que o governo chinês não deseja assustar os investidores com um ataque direto ao Google, e em lugar disso dirige sua ira ao governo dos EUA, que jornais estatais chineses acusaram de "politizar" a disputa.
Duas semanas atrás, o Google ameaçou fechar seu portal Google.cn e se retirar da China, mencionando problemas de censura e um ataque de hackers localizados no país. A empresa continua a censurar conteúdo delicado no Google.cn.
O governo Obama apoiou as críticas do Google. Na quinta-feira passada, a secretária de Estado, Hillary Clinton, pediu para a China suspender a censura sobre a Internet e investigar as ações dos hackers.

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