quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Vivendi não tem pressa em selar acordo com GVT

Vivendi não tem pressa em selar acordo com GVT, diz fonte
terça-feira, 20 de outubro de 2009 17:19

Por Guillermo Parra-Bernal
SÃO PAULO (Reuters) - O grupo francês de mídia Vivendi está avaliando as opções para uma possível aquisição da empresa brasileira GVT e não tem pressa em comprar a companhia, disse uma fonte à Reuters nesta terça-feira.
Neste mês, a espanhola Telefónica lançou uma oferta não-solicitada para comprar a GVT por 3,7 bilhões de dólares, superando a proposta da Vivendi feita em setembro, que avaliou a empresa-alvo em cerca de 3 bilhões de dólares.
A Vivendi encara a GVT como perfeita para sua estratégia de capturar clientes de mais valor no Brasil, o maior mercado de telecomunicações da América Latina.
O grupo francês já concluiu a "due diligence", ou avaliação de ativos, para uma transação e o Conselho autorizou a diretoria a fazer uma oferta formal pela GVT.
Neste momento, uma contraproposta em relação ao que foi apresentado pela Telefónica permanece uma opção, disse a fonte, que falou sob condição de anonimato.
A Vivendi tem um histórico de não se envolver em guerras de preços por aquisições, lembrou a fonte.
Se a Vivendi quiser superar a proposta da Telefónica pela GVT terá que oferecer no mínimo 50,40 reais por ação da empresa, 5 por cento a mais do que os 48 reais apresentados pela unidade brasileira do grupo espanhol e 20 por cento acima do valor original proposto pela Vivendi, de 42 reais.
A fonte não elaborou sobre as possíveis opções do grupo francês.
A ofensiva da Vivendi no Brasil segue orientação do presidente-executivo do grupo, Jean-Bernard Levy, de se expandir em mercados emergentes de rápido crescimento.
A Vivendi controla operadoras de telefonia móvel na França e no Marrocos e a maior gravadora do mundo.
A diretoria da Vivendi tem dito que a compra de ativos não colocará em risco o rating grau de investimento da companhia e sua política de dividendos.
A fonte disse que a eventual compra da GVT pela Vivendi não enfrentaria problemas antitruste.
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse à Reuters nesta terça-feira que não vê obstáculos no âmbito competitivo e saudou as ofertas de compra da GVT.
A Telefónica já tem forte presença no Brasil por meio da Telesp, operadora de telefonia fixa em São Paulo. O grupo espanhol divide ainda o controle da operadora móvel Vivo com a Portugal Telecom.

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