quarta-feira, 21 de outubro de 2009

como criar um Linux 'virtual' para aumentar sua segurança








Saiba como criar um Linux 'virtual' para aumentar sua segurança
Máquinas virtuais criam ambientes seguros ou de testes para programas. Colunista ensina o passo a passo de como instalar Ubuntu no VirtualBox.
Altieres Rohr* Especial para o G1

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A coluna Segurança para o PC traz hoje um passo a passo para você instalar o Ubuntu Linux no VirtualBox. Na primeira parte deste texto, a coluna explicou o que eram e para que serviam as máquinas virtuais. Com elas, você pode criar ambientes seguros ou de teste para programas, entre outros. Hoje, você verá como. Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da reportagem e utilize a seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.


Por que o VirtualBox e o Ubuntu?
O VirtualBox pode ser usado em casa sem nenhum custo, ao contrário de outros produtos como VMWare e Microsoft Virtual PC. Embora esse último também seja gratuito, ele não funciona em algumas versões do Windows. Em outras palavras, o VirtualBox é um programa que funcionará de forma idêntica para todos. O Ubuntu, por sua vez, foi escolhido porque o G1 já publicou um guia de instalação deste sistema operacional e porque você não pode, legalmente, utilizar o mesmo serial do Windows no sistema host e na máquina virtual. É necessário adquirir uma licença extra. Mas a escolha do sistema operacional não influenciará muito o guia. A maioria das configurações é idêntica para qualquer sistema. Vale mencionar que não existem pragas digitais em circulação significativa para Linux. É um bom sistema para acessar seu banco, visitar sites suspeitos e outras tarefas que, no Windows, poderiam ser um tanto perigosas. Máquinas virtuais Windows também são úteis, especialmente para você testar um programa sem alterar o seu computador de verdade. Com isso, ele é poupado da rotina “instalação/desinstalação” de programas que, cedo ou tarde, interfere no desempenho do computador.
Primeiros passos

Você receberá avisos de segurança durante a instalação do VirtualBox. Proceda em todos. (Foto: Reprodução )
Faça o download do VirtualBox no site VirtualBox.org e do Ubuntu em Ubuntu.com. Você não precisa gravar a imagem ISO do Ubuntu em um CD-ROM. O VirtualBox permite carregar uma imagem no drive de CD. A instalação do VirtualBox é simples, mas atenção: em um trecho, você poderá perder momentaneamente a conexão com a internet, porque o software altera o funcionamento da rede do Windows.
Criando a máquina virtual

Na primeira vez que rodar o VirtualBox, você pode receber um aviso para se registrar. O registro não é necessário, basta clicar em 'Cancelar'. Uma vez na tela principal do VirtualBox, clique em ‘Novo’. O “Assistente de Criação de Máquina virtual” será iniciado. Na primeira tela após clicar em 'Próximo', você terá que escolher o sistema operacional que será instalado na máquina virtual. Isso ajustará a compatibilidade para que o sistema funcione de maneira adequada – mesmo opções 'erradas' aqui podem gerar uma máquina funcional, mas o melhor é não arriscar. Para esse passo a passo, foi realizada uma instalação do Ubuntu Linux, então ele foi selecionado. Não se esqueça de dar um “nome” para sua máquina virtual.

A quantidade de memória que será usada é uma opção relevante. Além de determinar a velocidade do computador virtual, ela também alterará a velocidade do seu PC de forma significativa.

RAM alocada aqui será RAM indisponível para o computador verdadeiro durante o funcionamento do sistema virtual. Você provavelmente não precisa ir além, ou não muito além, do que o VirtualBox recomendará para você.

Em seguida será preciso escolher entre usar um disco existente ou criar um novo. O disco virtual é apenas um arquivo no seu disco. Se você resolver distribuir essa máquina virtual, você pode copiá-la para outro computador e clicar em “Utilizar disco rígido existente”. Se essa é a primeira máquina virtual que você vai criar do zero, a opção desejada é a “criar novo disco rígido”. Escolhendo criar um disco novo, há duas opções: armazenamento flexível ou fixo. O flexível é interessante porque permite criar um disco de qualquer tamanho, mas que ocupará apenas o tamanho usado. Assim, não há preocupação caso você não tenha espaço em disco durante a criação da máquina virtual. No entanto, o disco fixo é alocado de uma vez só, o que garante que o mesmo não sofra a chamada fragmentação, que pode deixá-lo mais lento, e também para facilitar o gerenciamento de espaço em disco. Depois de selecionar qual o tipo de armazenamento desejado, e o espaço que será alocado, sua máquina virtual estará pronta. O “disco rígido” será apenas um arquivo como qualquer outro.
Instalando o sistema
Para instalar o Ubuntu, é necessário configurar o CD-ROM. Se você já tem um CD-ROM gravado, insira-o no drive de CD do seu computador. Se não tiver, selecione a máquina virtual que você criou e clique no botão “Configurações”. A janela de configurações abrirá. Ali, selecione CD/DVD-ROM. Marque a segunda opção, “Arquivo de imagem ISO” e clique no botão logo ao tela. Na tela que aparece, clique em “Acrescentar”. Selecione o arquivo de imagem e confirme. Depois, ele vai aparecer na lista. Finalmente, clique em “Selecionar”. Você voltará para a tela com o nome do arquivo preenchendo a opção.

Imagens ISO podem ser montadas na máquina virtual. Não é necessário instalar programas de drives virtuais ou gravar o CD. (Foto: Reprodução )
Em seguida, clique no botão “Iniciar”. A máquina virtual vai inicializar.

Máquina virtual inicia como uma janela no PC. (Foto: Reprodução )
Você então poderá operar sua máquina virtual. Ao clicar na janela da máquina virtual, o mouse e o teclado vão funcionar apenas dentro da máquina virtual. Para voltar ao sistema principal, pressione o a tecla CTRL direita. Para voltar à máquina virtual, basta clicar na janela novamente.
Você pode 'desmontar' (isto é, retirar) o CD da máquina virtual por este menu. No entanto, terá de voltar ao menu de configurações para fazer isso definitivamente. (Foto: Reprodução )
Instale o Ubuntu conforme já explicado pelo G1 nesta coluna. Depois, não se esqueça de 'desmontar' o drive de CD, para que o PC possa ser inicializado com o sistema instalado. A maioria dos sistemas operacionais “simplesmente funciona” nas máquinas virtuais. Mesmo que seu computador não tenha suporte a Linux, os passos descritos nesta coluna podem ser seguidos sem problema algum, desde que você tenha memória RAM suficiente. Mas as máquinas virtuais também possuem recursos especiais para seu uso, ou ainda outros que são apenas possíveis em máquinas virtuais: Hardware configurável – Você pode adicionar quantos CD-ROMs e discos rígidos quiser, sejam estes discos partições do seu PC ou simplesmente arquivos. O VirtualBox também permite que você “instale” até quatro placas de rede virtuais. Note que o funcionamento de dispositivos USB depende da criação de filtros, também no painel de configurações, para que o VirtualBox saiba quais dispositivos ele deve 'transportar' para a máquina virtual e quais serão acessados pelo sistema principal. Software integrador – Especialmente no Windows, é um programa que integra o sistema principal ao virtual, especialmente o mouse. Não é indispensável, mas poderá melhorar a qualidade da imagem da tela e permitir o uso de pastas compartilhadas. Pastas compartilhadas – Se você quer compartilhar arquivos entre o sistema operacional virtual e o principal, terá de criar pastas compartilhadas. Esse recurso está disponível na tela de configurações. Snapshots – “Fotografias” do computador, já mencionadas na coluna anterior. Com elas você pode 'gravar' o estado do computador virtual e retornar a ele com pouquíssimos cliques. Basta verificar as opções na aba 'Snapshot'.

E acaba aqui a coluna Segurança para o PC de hoje. Na quarta-feira (19), volto com o pacotão de respostas de segurança, então deixe sua dúvida ou sugestão de pauta na área de comentários, abaixo. Até lá!

* Altieres Rohr é especialista em segurança de computadores e, nesta coluna, vai responder dúvidas, explicar conceitos e dar dicas e esclarecimentos sobre antivírus, firewalls, crimes virtuais, proteção de dados e outros. Ele criou e edita o Linha Defensiva, site e fórum de segurança que oferece um serviço gratuito de remoção de pragas digitais, entre outras atividades. Na coluna “Segurança para o PC”, o especialista também vai tirar dúvidas deixadas pelos leitores na seção de comentários. Acompanhe também o Twitter da coluna, na página http://twitter.com/g1seguranca.

Globo.com

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