quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Murdoch na Ásia, estudando sócios para leitores eletrônicos?


SEUL (Reuters) - O presidente-executivo da News Corp., Rupert Murdoch, conduziu conversações com empresas japonesas e sul-coreanas, em uma possível sondagem de potenciais parceiros para o lançamento de um leitor eletrônico que concorra com o Kindle, da Amazon.com, informaram fontes.
Murdoch anunciou em agosto que estava insatisfeito com o controle que a Amazon exercia sobre o relacionamento com os assinantes de jornais via Kindle, e que poderia procurar um acordo melhor com a Sony, uma fabricante rival de leitores eletrônicos.
Uma parceria com uma fabricante de leitor eletrônico poderia ajudar a News Corp., que controla a editora HarperCollins bem como jornais em todo o mundo, mas que afirma não ter planos para se tornar fabricante de eletrônicos.
A Amazon anunciou na terça-feira que lançaria o Kindle em todo o mundo, tornando livros e jornais disponíveis, e a decisão deve intensificar a batalha pelo nascente mercado de livros digitais.
O grupo de pesquisa DisplaySearch antecipa que o mercado de papel eletrônico, que hoje movimenta 100 milhões de dólares anuais, cresça para nove bilhões de dólares anuais em 2018. As vendas de leitores eletrônicos podem chegar aos três milhões de unidades neste ano nos Estados Unidos, de acordo com a Forrester Research, e dobrar em 2010. A Forrester prevê que a Amazon controlará 60 por cento do mercado este ano, e que a Sony ficará com 35 por cento.
Em visita ao Japão no começo da semana, Murdoch, cujo império de mídia controla veículos como o Wall Street Journal e a Fox TV, conversou com líderes políticos e empresariais, entre os quais o primeiro-ministro Yukio Hatoyama, de acordo com uma fonte informada sobre o assunto mas que não está autorizada a falar com a mídia.
Murdoch se reuniu com executivos da Toshiba, Fujitsu e Sony para discutir a tecnologia de leitores eletrônicos, informaram fontes com conhecimento sobre o assunto.
"Não houve discussão de contratos ou acordos. Murdoch está só se informando," disse uma fonte que conhece a questão em primeira mão mas pediu que seu nome não fosse mencionado devido à delicadeza do tema.

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