sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Murdoch, da News Corp., pede abertura do mercado de mídia chinês

PEQUIM (Reuters) - O magnata da mídia Rupert Murdoch apelou nesta sexta-feira à China que siga o exemplo de outros países asiáticos e abra seu mercado de mídia, e reiterou seu recente lema de que as pessoas precisam pagar pelo conteúdo oferecido pelas empresas de mídia, que enfrentam dificuldades.
A despeito de seu grande potencial, a China vem sendo um dos mais difíceis mercados para as empresas mundiais de mídia, entre as quais a News Corp. de Murdoch, não só devido às severas limitações de suas atividades no país como pela pirataria descontrolada de conteúdo.
Falando em um fórum de mídia em Pequim, Murdoch declarou que, na Ásia, a News Corp. havia encontrado muito mais facilidade na Índia, onde seu serviço Star de TV por assinatura desfruta de grande sucesso. Mesmo no Japão, um mercado relativamente fechado, a companhia viu sinais recentes de melhora.
"Muitos anos atrás, fiz um pequeno investimento em uma companhia japonesa de televisão, e a elite empresarial do país encarou a decisão com horror; estava claro que não éramos bem-vindos," disse Murdoch, em aparente referência ao investimento da News Corp. na TV Asahi.
A News Corp. terminou vendendo sua participação, mas em troca garantiu a participação de um grande conglomerado japonês de mídia em seu projeto de TV digital via satélite em parceria com a Sony.
"No começo da semana, alguns membros importantes daquela mesma elite me instaram a tentar de novo, e garantiram que a recepção seria muito mais calorosa desta vez," disse Murdoch.
No discurso em Pequim, Murdoch declarou que a China precisava tomar providências semelhantes para abrir seu setor de mídia estreitamente controlado, no qual a empresa dele, a exemplo de concorrentes como a Time Warner ou a Disney, estava limitada a uma pequena porção do mercado.
"A China decidirá sozinha o seu destino, mas se a porta digital não se abrir, oportunidades serão perdidas e o potencial não será realizado," ele declarou em discurso proferido no Great Hall of the People, em Pequim, diante da elite da mídia chinesa e mundial.

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