terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Internautas chineses criticam EUA por venda de armas a Taiwan

Internautas chineses criticam EUA por venda de armas a Taiwan
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

PEQUIM, 1 de fevereiro (Reuters) - Internautas chineses estão expressando sua ira contra os Estados Unidos depois que o governo de Barack Obama propôs uma primeira venda de armas do país a Taiwan. Alguns deles apelaram por um boicote contra produtos norte-americanos ou até mesmo ação militar.
Mas Taiwan, a ilha autônoma que a China alega ser parte de seu território, em larga medida escapou à indignação chinesa, já que as duas nações estão envolvidas em um novo esforço de aproximação diplomática, desde a posse do novo presidente taiuanês, Ma Ying-jeou, em 2008.
Os EUA transferiram seu reconhecimento diplomático de Taiwan a Pequim em 1979, reconhecendo a política de "China unificada" adotada pelos dirigentes chineses, mas continuam a ser o maior aliado de Taiwan, e têm a obrigação de ajudar na defesa da ilha, nos termos de uma lei de 1979.
Muitos internautas chineses apelaram por um boicote geral a produtos norte-americanos, entre os quais os aviões da Boeing.
"Os internautas deveriam se unir e boicotar todos os bens norte-americanos", disse um homem de Henan, uma província do centro da China, em mensagem no popular portal www.sina.com.cn. "Nada de KFC, nada de McDonald's, e nada de viagens de turismo aos EUA!"
"Vamos primeiro começar uma guerra sem fumaça, e depois pode vir a guerra real", acrescentou outro usuário.
Outros sugeriram que o governo chinês vendesse mais armas ao Irã e Coreia do Norte, para reencontrar o equilíbrio com os EUA.
"Como vingança, a China deveria vender armas avançadas aos inimigos dos EUA", escreveu "Jjyang03so" em outro portal, o www.sohu.com.
"O governo chinês pode contra-atacar com vigor diante de todas as ameaças aos interesses essenciais do país! Incluindo o dos velhos norte-americanos. Seremos resolutos", escreveu um leitor da edição online do Global Times, um tabloide nacionalista.
Houve quem apelasse por represálias mais severas. "Se eles querem guerra, é hora de o nosso exército responder", disse um internauta chamado Lucky Lion, no www.sina.com.cn.
Mas também houve apelos à cautela. "Como vocês podem pedir uma guerra? As medidas tomadas até agora foram pequenas e cautelosas", escreveu Lookformm em um fórum de mensagens da Universidade Tsinghua, uma instituição de elite em Pequim.

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