quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Ciberladrões usam classificados online para contratar

Ciberladrões usam classificados online para contratar
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010 10:02

WASHINGTON, 3 de fevereiro (Reuters) - As pessoas que deram ao mundo softwares para roubo de números de cartão de crédito estão usando classificados online para fazer contratações.
Duas empresas que estão contratando anunciaram vagas online, disse Kevin Stevens, analista de informações sobre ameaças na SecureWorks, uma companhia de segurança que apresentou pesquisa sobre essas organizações na conferência de segurança na computação Black Hat, realizada perto de Washington.

O que elas procuram são pessoas dispostas a usar os códigos invasivos que elas oferecem para enviá-los como link a pessoas que podem se sentir inclinadas a clicarem neles. Os "empregados" contratados recebem pagamento a cada mil downloads do software maligno.

Um site, por exemplo, paga 180 dólares a cada mil downloads de malware a usuários de computadores nos Estados Unidos. O valor cai quando o download for feito por computador instalado em outros países. A empresa não paga por downloads em computadores russos, o que leva Stevens e outros a suspeitar fortemente de que, como outros sites semelhantes, ela esteja localizada na Rússia.

"Pagamos seus honorários por meio dos seguintes sistemas: Fethard, WebMoney, Wire, e-gold, Western Union (WU), MoneyGram, Anelik e ePassporte, e PayPal", anuncia o site.

Stevens afirma que é impossível dizer quantos computadores foram infectados por essas empresas, mas calcula o número em milhões.

Os profissionais de segurança da computação que formavam a audiência na palestra de Stevens chegaram a rir algumas vezes, diante do descaramento desses sites.

É difícil separar roubos que derivam desses sites de outras formas de crime na Internet, mas o FBI estima que os prejuízos causados por crimes de Internet reportados por indivíduos tenham atingido os 264 milhões de dólares em 2008. O relatório sobre 2009 ainda não foi divulgado.

O problema do cibercrime se agravou nos últimos três anos à medida que consumidores e empresas passaram a ter expostos na Internet dados valiosos tais como planos de negócios, números de cartão de crédito, informações bancárias e números de seguro social.

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