sábado, 28 de novembro de 2009

Investidores foram iludidos em IPO de provedor holandês

Investidores foram iludidos em IPO de provedor holandês--Justiça
sexta-feira, 27 de novembro de 2009

AMSTERDÃ (Reuters) - O ABN Amro, o Goldman Sachs e a World Online enganaram investidores durante a oferta pública inicial de ações do provedor de Internet holandês em 2000, decidiu a Suprema Corte da Holanda nesta sexta-feira.
A abertura do capital (IPO, na sigla em inglês) da World Online em março de 2000 foi a maior oferta inicial de ações de uma companhia de Internet da Holanda na época. A operação avaliou a companhia em 12 bilhões de euros (18 bilhões de dólares). Mas a ação desabou depois que se tornou pública a informação de que a presidente-executiva da World Online vendeu suas ações bem abaixo do preço do IPO antes da operação.
O ABN Amro e o Goldman Sachs foram os coordenadores da oferta.
"O comportamento ilegal da World Online e do ABN Amro e do Goldman Sachs foi confirmado por esta decisão da Suprema Corte", afirmou o tribunal em comunicado.
Os investidores perderam um total de 2,3 bilhões de euros e devem ser ressarcidos, afirmou em comunicado o grupo de investidores VEB.
A Suprema Corte confirmou a decisão de uma instância judicial inferior depois de uma apelação feita pelos três acusados e adicionou alegações da VEB de que o ABN Amro manipulou o preço das ações.
Nina Brink, presidente-executiva da World Online na época, vendou participações na companhia por 6,04 dólares por ação quase três meses antes da oferta pública, efetivamente oferecendo um desconto em relação ao preço do IPO.
A Suprema Corte afirma que o comportamento ilegal ocorreu porque o prospecto da oferta não cita que Brink havia vendido as ações.
O Royal Bank of Scotland, que atualmente controla a unidade do ABN Amro que ajudou a coordenar o IPO da World Online, e o Goldman Sachs, não comentaram o assunto.
(Por Gilbert Kreijger)

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