quarta-feira, 10 de março de 2010

Icann quer que África dissolva monopólios de Internet

Icann quer que África dissolva monopólios de Internet
terça-feira, 9 de março de 2010

Por Frank Nyakairu

NAIRÓBI (Reuters) - Os governos africanos deveriam dissolver os monopólios de Internet a fim de reduzir o preço do acesso, afirmou nesta terça-feira a organização encarregada de administrar os endereços da Internet.
Rod Beckstrom, presidente-executivo da Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (Icann), disse que embora 15 por cento da população mundial viva na África, menos de sete por cento dos usuários mundiais de Internet são africanos.
"Realmente precisamos que os líderes africanos derrubem os monopólios, já que é uma amarga ironia que a África, onde vivem algumas das pessoas mais pobres do mundo, tenha preços de acesso entre os mais altos", disse Beckstrom.
Muitos dos países africanos obtiveram a pior classificação possível em um ranking de tecnologia compilado pelo Banco Mundial, devido à baixa renda, fraca ação regulatória, concorrência limitada e falta de investimento privado.
Beckstrom disse que a chegada tardia de tecnologias de informação essenciais à África talvez reduza os custos em muitos países. "O aspecto mais positivo da demora africana na instalação de infraestrutura é que eles obterão a melhor tecnologia a preço bem mais barato."
Beckstrom, que está no Quênia para a 37a reunião da Icann, também disse que a organização estava agindo para ajudar os países africanos mais vulneráveis a crimes de computação.
"Os sistemas deles podem ser, e frequentemente são, atacados, e estamos conduzindo um programa de segurança sob o qual 20 países africanos receberão ajuda para reduzir os crimes de computação", disse.
O Banco Mundial diz que existem 10 cabos submarinos sendo instalados ou em planejamento na África, e isso poderia reduzir os preços da banda larga internacional e ampliar o número de usuários.
A AfricaNext Investment Research, uma consultoria norte-americana, prevê que o mercado africano de banda larga chegue a 12,7 milhões de usuários em cinco anos, ante 2,7 milhões em 2007.

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