quinta-feira, 11 de março de 2010

Conferência do videogame começa nos EUA focada em sites sociais e iPhone



Conferência do videogame começa nos EUA focada em sites sociais e iPhone

PAULA GILda


Efe, em San Francisco


A Conferência de Desenvolvedores de Videogames (GDC), um dos grandes eventos do setor, abriu as portas em San Francisco (EUA) na terça-feira (9) com entusiasmo renovado e com foco nas redes sociais e no iPhone.
Sites de videogames e plataformas tradicionais como os consoles estão perdendo jogadores na medida em que mais e mais internautas se voltam para títulos como "Farmville", do Facebook, e "Colheita Feliz", do Orkut.
Reprodução
Sites e videogames estão perdendo jogadores na medida em que internautas se voltam para "Farmville"
Por isso, na GDC esses jogos contarão com uma pequena reunião de dois dias de duração, na qual serão debatidos temas como técnicas para a criação de novos jogos ou formas de conseguir lucros.
Ao contrário dos muitas vezes custosos videogames para consoles, os jogos em redes sociais são de graça para o usuário e costumam ser financiados com a venda de itens virtuais que não custam mais de US$ 1 ou US$ 2.
"A GDC deste ano vai marcar o começo de algo muito empolgante no mundo do videogame: o nascimento da indústria dos jogos sociais como indústria majoritária", disse à BBC Sebastien de Halleaux, cofundador da empresa Playfish.
A companhia, recentemente adquirida pela Electronic Arts (EA), é criadora de títulos populares como Pet Society, com um milhão de adeptos no Facebook.
"Estamos falando de uma audiência de centenas de milhões de usuários e, por isso, há um grande entusiasmo no setor", acrescentou Halleaux.
A GDC começa este ano com mais otimismo sobre o andamento do negócio que em 2009, quando a recessão derrubou o número de presentes para 17 mil pessoas.
"O ambiente é claramente positivo porque as pessoas estão vendo que há muitas maneiras de viver do que programaram", disse Simon Carless, diretor global da marca GDC.
Uma das plataformas mais rentáveis para os criadores de videogames nos últimos dois anos foi, sem dúvida, o iPhone, que também contará com sua própria cúpula dentro da conferência.
Na conferencia, haverá 16 painéis e discussões divididos em dois dias. Na pauta, assuntos como a forma de rentabilizar os jogos para o telefone ou colocá-los em primeiro lugar entre os aplicativos mais baixados na internet.
"No ano passado incluímos conteúdo sobre o iPhone dentro da GDC Mobile", assinalou Meggan Scavio, diretora da conferência. "Mas agora há tanto conteúdo que pensamos que precisa de espaço próprio", completou.
Embora não haja nenhum painel específico sobre o iPad, espera-se que parte da discussão se centre também no novo computador tablet da Apple, que sairá à venda em 3 de abril.
A tela tátil do aparelho, de 24,63 centímetros, o transforma em uma excelente plataforma para videogames. Algumas companhias simplesmente adaptarão seus jogos do iPhone para o iPad, mas muitos criadores estão preparando alguns específicos para a inovação da Apple.
A GDC, porém, não está voltada apenas para redes sociais e o iPhone, e olha também para o setor mais tradicional.
A Sony espera atrair todas as atenções amanhã com a apresentação de um controle para console similar ao do Wii.
A conferência servirá também para que os especialistas possam testar alguns dos jogos mais esperados deste ano e sobre os quais, por enquanto, apenas alguns detalhes são conhecidos.
É o caso, por exemplo, de títulos como "Star Wars: The Old Republic", "Mafia 2", "Dragon Age" e "Mass Effect 2" que, se já não chegaram ao mercado, estão próximos do lançamento.

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